ARMANDO BUENO DE CAMARGO
CRP – 06 93377 / CNES 7071124
Psicanálise - Sexualidade humana
Uma pergunta constante em nossas mentes é: por que eu não consegui dizer não???
Naturalmente nem todas as pessoas são assim, mas, com certeza a grande maioria se diz compelida a dizer sim, mesmo querendo dizer não. Agimos, na realidade contra nossos interesses para agradar alguém, interesse de um ganho secundário, ou seja, ser aceitos socialmente.
Existe uma componente psicológica nessa atitude, qual seja: não querendo desagradar nosso interlocutor, ser desagradável a alguém, ou entrar em atrito, ou mesmo para autopreservação. Indiretamente não nos respeitamos, apenas queremos ser bonzinhos, aos olhos dos outros.
É interessante observar que mesmo sabendo que não podendo atender e agradar a todos, no entanto, qual um super-homem insiste em dizer sim, ainda que lhe afete diretamente essa resposta. Não se apercebe que conviver com outras pessoas implica o sim e o não, e o outro têm que aceitar os limites, assim como, tem os seus próprios.
Se racionalizasse haveria a pergunta: o que fazer com essa pessoa, qual a consequência em dizer não; mais que isso, é uma forma de preservação, de colocar um limite, e se dizer não, pode acarretar dificuldades, não dizer poderia trazer consequências maiores?
Normalmente se é mais exigente com familiares do que socialmente, há a noção de que quando se nega aos filhos alguma coisa, ensinando limites, e indiretamente impõem-se hierarquia e poder de decisão. Estabelecer limite aos filhos é muito saudável, é uma forma de educar os futuros déspotas, delinquentes, agressivos, impacientes, que não conseguem conviver com o não, ou com a experiência da derrota. Naturalmente não se está fazendo apologia do não, e do dever de abaixar a cabeça, acomodar-se, mas perceber as circunstâncias do não.
Às vezes, surgem situações que há de se escolher entre ficar aborrecido por ter se mantido quieto, sem retrucar, ou simplesmente ter dito sim, ou agir para se defender, e aborrecer alguém, que seja a segunda opção, mostrando limites da aquiescência e da disponibilidade.
Ainda que seja difícil, talvez se leve uma vida inteira para aprender a dizer não na hora certa, mas ainda assim, deve-se exercitar a livre escolha, e o direito de o dizer, quando assim julgar que é a forma mais conveniente.
Temos a considerar que o sacrifício (sofrimento) que leva alguém a solicitar algo, o que impõem desprendimento, coragem, vulnerabilidade, mas antes da resposta deve-se ponderar: se provocar a raiva e ódio a responsabilidade é do outro, nunca a nossa, pois, se ponderarmos escolhemos a melhor resposta
Avenida General San Martin 116 sala 3 – Ponta da Praia - Santos /SP –
Fones 013 3385 8545 e 98125 2793 – armandocamargo-psicologo@hotmail.com
Comments